Polícia e Política: diferentes e ligados


Para aqueles que não sabem, de acordo com a legislação brasileira, os Governadores dos Estados têm total liberdade para nomearem quem quiserem para os cargos de Secretário, em qualquer secretaria. Isso quer dizer que o indivíduo que assume uma secretaria não precisa necessariamente ter experiência, prática e nem mesmo conhecimentos na área de atuação.

Aonde quero chegar? Que seria muito mais interessante para a população que a legislação brasileira fosse alterada, passando a exigir como critério para assumir qualquer secretaria, em qualquer esfera do poder executivo (municipal, estadual ou federal), que o candidato a Secretário tenha um bom conhecimento e experiência na área que quer atuar.

É muito mais interessante para a sociedade que um indivíduo formado na área de saúde com, no mínimo, uma especialização em Gestão em Saúde Pública assuma o cargo de Secretário de Saúde do que a nomeação de um aliado político.

Ocorre que tais cargos são de confiança. E a cultura brasileira ainda não absorveu satisfatoriamente o que ocorre nos EUA e em outros países, onde administradores formados e gabaritados são contratados para exercer as funções de CEO, que equivale a presidente da empresa. Aqui no Brasil, temos a cultura da empresa familiar muito arraigada. Quando alguém monta uma empresa, ela é gerida por parentes mesmo quando não sabem nada da área. Por isso empresas familiares costumam falir após a morte de seus criadores.

Já a máquina pública não entra em falência por falta de recursos, já que é mantida pelo povo. Mas pode falir operacionalmente por falta de pessoal gabaritado.

Achei interessante o texto do colega Dr. Tarcísio Andréas Jansen, Delegado de Polícia, postado no Blog No Q.A.P. Anastácio. Boa leitura para uma visão crítica da dependência das polícias civil e militar em relação à política.

Apesar de o texto ser bem antigo (segundo fontes ele é de 2004), a discussão é bem atual e pertinente.

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